As alterações climáticas e os desafios económico-sociais têm se verificado uma problemática crescente nos últimos tempos, tornando-se indispensável a definição de um plano de ações global, que permita um caminho de promoção da sustentabilidade ambiental, da justiça, da igualdade e da paz no planeta. Assim, a 25 de setembro de 2015, numa cimeira realizada na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (EUA), foi aprovada a resolução intitulada “Transformar o nosso mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável”, tendo entrado em vigor dia 1 de janeiro de 2016. Nesta, foram constituídos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), desdobrados em 169 metas, aprovadas em unanimidade pelos 193 Estados-membros da ONU, abordando várias dimensões de desenvolvimento sustentável (social, económica e ambiental) e tendo como principal enfoque a promoção da paz, da justiça e das instituições eficazes.
Os ODS e respetivas metas visam resolver a necessidade das pessoas de uma forma global, tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento. Estes definem as prioridades e aspirações globais para 2030 e requerem uma ação à escala mundial de governos, empresas e sociedade civil, para assim erradicar a pobreza e criar uma vida com dignidade e oportunidades para todos.
O setor empresarial representa um importante papel enquanto motor de crescimento económico, de emprego e fonte de tecnologia e inovação, tendo também um interesse próprio na contribuição para o alcance dos ODS, uma vez que estes se revelam uma janela de oportunidade para as empresas melhorarem as suas ações e projetos estratégicos, tendo em vista a contribuição para as metas nacionais e mundiais.
São vários os benefícios da utilização dos ODS como enquadramento global para moldar, orientar, comunicar e relatar as estratégias das empresas, dos quais destacamos:
- Identificação de futuras oportunidades de negócio, em mercados em crescimento, que poderá permitir o encontro de soluções inovadoras;
- Aumento do valor da sustentabilidade corporativa, através dos incentivos económicos, a uma utilização mais eficiente dos recursos;
- Fortalecimento das relações com os stakeholders;
- Maior acompanhamento do ritmo do desenvolvimento das políticas públicas e, por conseguinte, antecipação da gestão de riscos legais e de reputação;
- Estabilização de sociedades e mercados, salvaguardando o sucesso dos negócios em sociedades pujantes, com mercados regulamentados, sistemas financeiros transparentes e instituições não corruptas e eficientemente geridas;
- Utilização de uma linguagem e propósito comum para uma comunicação mais eficaz com os stakeholders.
As Normas ODS
Em Portugal, são já várias as entidades que certificam a implementação de normas relativas aos ODS. Uma vez que não existe uma norma que aborde o tema de forma geral e que seja reconhecida internacionalmente, algumas das entidades certificadoras desenvolveram os seus próprios modelos para certificação do contributo das estratégias de sustentabilidade desenvolvidas para os ODS. No entanto, existem já muitas normas que funcionam como suporte de resposta a vários dos ODS, como:
ISO 9001 – Sistemas de Gestão da Qualidade;
ISO 13485 – Dispositivos médicos. Sistemas de gestão da qualidade. Requisitos para fins regulamentares;
ISO 14001– Sistemas de Gestão Ambiental;
ISO 20121 – Sistema de Gestão de Eventos Sustentáveis;
ISO 22000 – Sistema de Gestão da Segurança Alimentar;
ISO 45001 – Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho;
FSC® – Cadeia de Custódia;
PEFC – Gestão Florestal Sustentável;
BRC Global Standards – British Retail Consortium.
Na aage, ajudamos a sua empresa tanto a implementar estas e outras normas de referência, como a responder aos modelos de certificação específicos de cada entidade certificadora.
Se tem como objetivo tornar a sua atividade mais sustentável e contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, contacte-nos e em conjunto iremos encontrar a solução que melhor se adequa à sua realidade.